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Mostrando postagens de maio, 2020

CONTO - O BRILHO DA LUZ QUE ME APAGOU

PROJETO - Nem tudo é sobre SEXO Abri o editor de texto... passei alguns minutos encarando a tela branca do computador. Eu sabia o que escrever, mas me faltava coragem. Olhei a foto dela no porta-retratado, cuidadosamente colocado na escrivaninha. Eu sabia que ela iria querer isso. Aliás, esse sempre foi o seu desejo: ter sua história narrada por mim. O meu egoísmo, no entanto, não me deixava compartilhar os seus segredos. Queria guardá-los para mim, apenas para mim.             Saber que eu era a única pessoa que conhecia seus segredos, trazia-me um sentimento de intimidade, de proximidade com ela. E eu não queria perder isso. Olhei novamente a foto dela a me encarar, não tinha jeito, eu teria que escrever. Ela sempre foi muito convincente. Nunca precisou falar uma palavra para convencer-me a fazer a sua vontade, bastava olhar-me que eu obedecia. Não tinha como fugir do seu olhar congelado na fotografia.             Maria Luz da Silva Amarantos nasceu em... parei. Não parecia justo

UMA CRÔNICA DE DESIGUALDADE

Foi-se o tempo em que era necessário ir para rua para salvar o Brasil. O clamor de todos é para que se fique em casa. Estamos nos escondendo da maior ameaça da história recente à humanidade: o coronavirus. De que forma vamos sair dessa crise sanitária ainda não sabemos, o que se sabe é que se as pessoas não circulam, o vírus também não circulará. Daí a recomendação de muitas autoridades da saúde e da política para ficarmos em casa.  No entanto, o ficar em casa escancara, no Brasil, um problema já antigo: a desigualdade social. E nasce um dilema em meio a essa crise toda: como ficar em casa sem ter o que comer? Ou muitas vezes sem ter nem mesmo uma casa adequada, visto que milhões de brasileiros vivem amontoados em pequenos casebres, o que se configura por si só uma aglomeração doméstica. Em relação a isso, o governo federal criou um auxilio emergencial de R$ 600,00 para que essas pessoas pudessem ficar em casa.  E a questão da desigualdade social que ficou evidente com o is

Um aglomeração de abraços e sorrisos!

Olá, queridos leitores, sinto-me mais próximo de vocês a cada texto escrito, pois a palavra é um carinho na alma, um afago no coração. E agora sabemos que os poetas sempre tiveram razão quando diziam que "quem ama quer está perto" e quando afirmaram que o "melhor lugar do mundo é dentro de um abraço". Hoje sabemos o quanto faz falta abraçar e estar perto das pessoas que gostamos.  Sinto falta do meu trabalho, dos meus alunos que me estressavam. Sinto falta de meus colegas que sempre destetei, sinto falta de conviver. Tenho saudades até mesmo dos passeios chatos com amigos, muitos eu ia apenas para agradá-los, mas agora descubro que amava passear com eles. Não sabia que sentiria tanta falta da família reunida, dos parentes chatos e fofoqueiros. E até mesmo das brigas. O vírus chegou e nos colocou em um casulo. É preciso evoluir. Como sairemos desses casulos? Não sei se melhor ou pior, mas de uma coisa eu tenho certeza: valorizarei muito a presença das pesso