A primeira vez que eu a vi, ela estava presa num olhar. Foi para mim uma surpresa muito grande ver aquela moça em meio a uma roda de conversa parecer que nada à sua volta importava, salvo o mundo refletido em seus olhos. Encanto, foi o que senti assim que a vi, mas ao fita-la por um momento, percebi que na verdade ela estava precisando de ajuda. Aquela menina estava viajando por mundos que ela mesma não conhecia, e ela, inocente, não sabia que as leis do mundo real não se aplicavam àqueles mundos. O que fazer então para salvá-la? Propus-me a observá-la... e entender a conexão entre seus mundos tornou-se meu doce vício, qual seria a sua linha tênue? Ela era uma incógnita. Uma conta matemática que precisava de muita atenção e dedicação para chegar a uma possível resolução. Eu a espreitava de tal forma que comecei a entender o seu ar de mistério e os motivos que a faziam evadir-se e viver o doce escapismo que a fuga constante lhe representava. E aos poucos... nossas mentes se co
Escrever para mim é como respirar, eu preciso escrever para continuar vivo. Nilson Rutizat