O silêncio da madrugada é tão assustador. Mas também libertador. Nesse momento ninguém me diz o que eu devo ser e nem como devo agir. Sinto-me livre, totalmente livre das normas sociais que me colocam em uma caixinha o dia todo. Agora não, posso estar como quiser, fazer o que eu bem entender. Até meus pensamentos e imaginação sinto que estão mais livres nessa hora da madrugada.
Não é que eu seja contra todas as normas de convivência, mas também não me apego muito a elas, até entendo que são importantes, no entanto, essas normas são amarras em minha vida. Meus pensamentos precisam de liberdade, eu preciso de liberdade. Para mim, é tão estranho ter que fazer alguma coisa apenas porque alguém me disse que fizesse.
E esse diz e faz me sufoca muito. Queria ter a liberdade de pensar. Gostaria que me deixassem errar. E daí se é certo? Deixe-me errar, tentar outro caminho. Não tenho medo do fracasso e muito menos do desconhecido. Tampouco tenho medo da madrugada. Meus medos são as amarradas, temo de estar tão preso a essas normas e me esquecer de viver a vida. Tenho medo de trilhar caminhos prontos.
Minha vontade, que aflora ainda mais na solidão da madrugada, quando os nós das normas sociais se afrouxam, é explorar meu próprio caminho, com meus intuitos e desejos de explorar. Queria tanto poder andar por caminhos que ainda não é possível ver vestígios de gente. Queria tanto escrever minha própria história. Pena que quando me sinto capaz de fazer isso é madrugada, momento em que sou tragado pelo sono. E esse é o motivo desse texto ser irritadamente curto.
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