Imagem da internet Arrumei-me cedo para ir a igreja, era uma manhã de domingo. Sentei-me diante do espelho a olhar meu rosto de meia idade, meu sorriso já amarelado e meus cabelos longos e sofridos, que agora eu estava a penteá-los. Abri a gaveta da penteadeira para pegar uma frasco de perfume leve, guardado especialmente para ser usado no domingo, quando ia falar com Deus. Aprendi desde cedo que não se deve ter vaidade. Isso é pecado! Como muitos outros hábitos femininos: cortar e tingir os cabelos, usar roupas curtas e maquiagem. Esses hábitos nunca couberam em mim, fui, desde criança, uma santa, ou quase isso. Ao procurar o pequeno frasco de perfume na gaveta, minha mão tocou algo que não era perfume. Eu sabia disso pelo formato do frasco. Tirei a mão da gaveta e só então pude perceber que se tratava de um batom, mas não era uma batom comum, e sim um batom vermelho. Com aquele objeto na mão, lembrei-me de como ele fora parar ali. Por rebeldia eu havia comprado,...
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