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Em um só coração


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Por que ler S. Bernado, de Graciliano Ramos?

Criado por uma negra doceira, Paulo Honório foi um menino órfão que guiava um cego e vendia cocadas durante a infância para conseguir algum dinheiro. Depois começou a trabalhar na duro na roça até os dezoito anos. Nessa época ele esfaqueia João Fagundes, um homem que se envolve com a mulher com quem Paulo Honório teve sua primeira relação sexual. Então é preso e durante esse período aprende a ler com o sapateiro Joaquim. A partir de então ele passa somente a pensar em juntar dinheiro. Saindo da prisão, Paulo Honório pega emprestado com o agiota Pereira uma quantia em dinheiro e começa a negociar gado e todo tipo de coisas pelo sertão. Assim, ele enfrente toda sorte de injustiças, fome e sede, passando por tudo isso com muita frieza e utilizando de meios antiéticos, como ameaças de morte e roubo. Após conseguir juntar algumas economias, retorna a sua terra natal, Viçosa, com o desejo de adquirir a fazenda São Bernardo, onde tinha trabalhado. Para tanto, Paulo Honório inicia uma a...

Está aí três coisas que não se discute: política, religião e futebol.

Eu tenho para mim que essa ideia de que não se discute política, religião e futebol foi criada por uma comissão formada por políticos corruptos, chefes de religiões que enriquecem graça a fé cega de muitos e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).  Não é difícil ouvir alguém proferir a frase: política, religião e futebol não se discute. De fato, não se discute, pois estamos acostumados a votar por todos os motivos pessoais possíveis sem nos preocuparmos com o melhor para o coletivo, e isso se aplica aos mais variados tipos de eleições. Não discutimos religião porque achamos que a nossa é a única verdadeira e que, por isso, quem não pertence a ela deve ser criticado e convertido a nossa fé. E por que não discutimos futebol? Esse último não discutimos porque não sabemos lidar com as opiniões que diferem da nossa. Nós não discutimos política, religião... imagina aí se seríamos capazes de discutir futebol.  Talvez por essa nossa incapacidade de discutir, de fo...

Batom vermelho!

Imagem da internet Arrumei-me cedo para ir a igreja, era uma manhã de domingo. Sentei-me diante do espelho a olhar meu rosto de meia idade, meu sorriso já amarelado e meus cabelos longos e sofridos, que agora eu estava a penteá-los. Abri a gaveta da penteadeira para pegar uma frasco de perfume leve, guardado especialmente para ser usado  no domingo, quando ia falar com Deus. Aprendi desde cedo que não se deve ter vaidade. Isso é pecado! Como muitos outros hábitos femininos: cortar e tingir os cabelos, usar roupas curtas e maquiagem. Esses hábitos nunca couberam em mim, fui, desde criança, uma santa, ou quase isso.  Ao procurar o pequeno frasco de perfume na gaveta, minha mão tocou algo que não era perfume. Eu sabia disso pelo formato do frasco. Tirei a mão da gaveta e só então pude perceber que se tratava de um batom, mas não era uma batom comum, e sim um batom vermelho. Com aquele objeto na mão, lembrei-me de como ele fora parar ali. Por rebeldia eu havia comprado,...