Mas, que saudade eu tenho do galo na madrugada a cantar Do barulho que era o amanhecer quando íamos merendar Era conversa e gritos antes do Sol raiar Que saudade daquele tempo quando o sol era minha rotina Anoitecia junto com ele e levantava antes que ele vinha Me sobrava disposição e estresse eu não tinha Que saudade da pureza que tínhamos no coração Da fraternidade que era todo aquele sertão E do sertanejo que se perdia naquela imensidão Que saudade das fogueiras e das batatas a asar Que saudade da comida do nosso munguzá Do almoço que era festa e da alegria do jantar Sinto até mesmo saudades das secas e das enchentes Daquele povo bondoso tão pobre e carente Mas que sabia o significado do era ser realmente gente
Escrever para mim é como respirar, eu preciso escrever para continuar vivo. Nilson Rutizat